Instituto Federal Fluminense recebeu ontem (02) o sociólogo, Diogo Carlini, no IFF Guarus, em uma palestra para os alunos da Licenciatura em Música da instituição.
O palestrante fez alguns apontamentos sobre o que foi o séc. XIX e o Romantismo dentro de uma concepção artística e musical. Tendo como referências para esses apontamentos as personagens Giselle (de um ballet romântico que se chama “Giselle”, em trilha sonora composta por Adolphe Adam) e Violetta Valery (da Ópera “La Traviatta” de Giuseppe Verdi)
Diogo destacou a era romântica na música, que se caraterizou pela INTENCIONALIDADE DO INTÉRPRETE. Não bastava apenas ser um mero executor de notas. Além de executar uma sequência melódica, o músico/cantor tinha que estar atento à interpretação que daria a essa execução. Interpretação = Intenção.
Diogo desconstruiu a ideia de que o Romantismo está baseado em belas histórias de amor com finais felizes. Segundo o palestrante, o Romantismo (dentro de uma concepção artística e musical) se notabilizou por histórias trágicas e finais terríveis. No fim das contas, a realidade dos fatos (a estrutura social em que se passa as histórias) acabava sempre se sobrepondo ao desejo/sonho de concretização do “amor impossível”. É caso do Ballet “Giselle” e da Ópera “La Traviatta”.
Chamou atenção para a forma como os cenários são montados no palco. Na intenção dos seus tamanhos e formas. Também chamou a atenção para a importância dos figurinos e dos movimentos, gestos e postura dos atores/cantores no palco. E como isso ajuda também a contar a história do espetáculo.
Outro ponto destacado foi para o crescimento das orquestras. A potência sonora nos espetáculos românticos fica bem maior em relação aos espetáculos de períodos anteriores. Tal fato exigiu uma maior técnica dos cantores na projeção de voz.
Elaboração: Fabiano Artiles ; João Paulo Azevedo.