Cobertura Internacional em Debate no Uniflu

A aula inaugural dos alunos do curso de jornalismo recebeu hoje (11) a palestra do professor da Universidade Federal Fluminense, Pedro Aguiar, com o tema “Jornalismo Internacional e Agências de Notícias do Sul Global: Um olhar de fora dos grandes centros.

O evento teve início com a apresentação da formação do professor e sua trajetória. Em seguida o Pr. Pedro Aguiar tomou a palavra falando sobre como iniciou a preparação de sua formação.O palestrante falou sobre uma palestras que participou, onde vivenciou uma estrutura de comunicação nova, da época em que ainda estudava, no que hoje a Rede Globo chama de Kit de Correspondência, um mecanismo de pacote de correspondência, onde era possível enviar fotos, vídeos e textos compactados para os veículos de comunicação.

O equipamento utilizado era de fácil manuseio para os veículos de comunicação, porém seu custo era de $10.000 e o jornalismo que se fazia nos locais de concentração de dinheiro, capital, não era estruturalmente igual para todos os eles, pois a geração de recursos era diferenciada de acordo com cada veículo.

Nesses estudos de pesquisa, denominada estrutura centro/ periferia, que mede as desigualdades econômicas dos países e regiões, o professor fez observações sobre como que é feito o jornalismo no país. Segundo o palestrante, na época que ele fazia graduação, havia muito custo de produção e transmissão, o que hoje é diferenciada devido às novas mídias.

Segundo o palestrante, a cobertura internacional sempre foi mais cara, porém quando se pensa em grandes coberturas internacionais, ver-se que os principais veículos trabalham como produtores de informações local dando sensacionalismo para valorizar sua pauta, como referência o palestrante falou sobre as 36 páginas da folha da Manhã, que ao ler uma das edições, não viu em nenhuma das páginas alguma cobertura internacional.

Muitas das informações obtidas dos veículos de comunicação do exterior são feitas através de agências de notícias, empresas que atuam na compilação e distribuição de informações de interesse jornalístico em fluxo contínuo, essas agências produzem suas próprias informações e mandam para redação central ao qual distribui para os veículos de comunicação.

Em pesquisa de doutorado o palestrante buscou ver as diferenças de capital de algumas agencias, onde viu e mediu os recursos e equipamentos em suas organizações, em analise viu a diferenciação de estruturas, classificando-as em centrais, semi-periféricas, periféricas. Nessa demonstração ele afirma que tais divisões determinam os pontos de abrangência pontual, determinando seu poder de abrangência e capital.

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